quarta-feira, 16 de maio de 2012

Eu tenho problemas com a bebida. Eu bebo e viro outra pessoa. A pior parte é que não tenho certeza se a bebida libera meu lado mala de ser ou se libera tudo que eu penso e não falo. Ficaria mais com a segunda parte, pq acho que não faz sentido as coisas que eu faço como não faz sentido as coisas que eu penso. Complicada.

Ai depois que eu faço as merdas que talvez meu subconsciente queira que eu faça, eu fico filósofa. Ou fico querendo me explicar, ou fico querendo ser adulta e madura e blábláblá. Onde? O que passa nessa cabecinha de girico?

Madura é minha irmã, que faz as coisas certinhas. Que fica de boa, que não comete essas loucuras. E não tem história pra contar. Grande vantagem eu ter histórinhas pra contar, se essas eu não posso contar. Ficam na minha cabeça e vão ganhando versões diferentes cada vez que eu paro pra pensar nelas.

Minha mãe costumava dizer que eu era inteligente demais pra certas coisas, e burra demais pra outras. Acho que eu sei o que significa essas "outras". E não é divertido. Mas fazer o que, né? Vamos levando. Minha burrice uma hora se ajeita, de levinho, de cantinho. E não faço as pessoas me odiarem. Acho que essa é minha sorte.

Estava lembrando de um ex-namoradin que a gente mais brigava do que ficava numa boa. Eu brigava, né? Porque quase nunca eu tinha um motivo. Em um momento loucura desses, a gente tipo quase se estapeou. Super lutamos. Super nos odiamos. E um mês depois, a gente estava rindo do que a gente fez. E não, nunca mais voltamos, uma pegadinha aqui ou ali. Mas nunca mais foi meu namoradinho de novo. Ele casou, tem o filho dele, mulher dele é uma fofa. E ele me adora. Ele vem me ver. Ele liga. Ele se preocupa. Ele me descreve como uma louca fofa. É... é isso que eu sou. Eu sou fofa, acho. Esse meu lado insano tbm é fofo depois que passa. Mas aí eu vou ser a "louca fofa" e eles vão sempre casar e ter filhos e ter mulheres fofas, que não são loucas.

Minha loucura dá a impressão da minha instabilidade. E, eu diria, que sim. Eu sou instável. Isso te dá medo?
Deve dar. Eu tenho medo. Eu tenho medo de mim. De como eu machuco os outros. De como eu deixo cicatrizes fortes neles. E o resultado é esse. Ou eles me perdoam no dia seguinte e riem das idiotices que eu fiz, ou eles nunca mais falam comigo... e tornam as coisas mais fáceis pra mim.

O problema deles me perdoarem e compreenderem o que eu faço é que faz com que eu goste mais ainda deles. Como é que você consegue suportar tanta loucura assim? Tem que gostar muito de mim... tem que ser muito foda. E é isso... eu só gosto de gente foda. Eu sou foda, e eu super sei disso. Sem essas loucuras eu seria a mulher perfeita. Eu gosto de futebol, eu gosto de cerveja, eu gosto de rir, eu converso com td mundo, eu tenho meu humor sarcastico e eu rio de tudo. Tudo mesmo. Até das piadas que eu não entendo. Eu rio. Eu gosto de rir. Me faz bem. Mas aí me dá uns ataques de loucura do nada. Literalmente "ataque". E puff... nada de Ju legal mais. Nada de mulher perfeita. Vira tipo monstrinho. E eu não gostaria de ter uma Ju comigo assim. Que saco que eu sou, né?

Eu brinco com coisas sérias. E eu levo a sério brincadeiras.

Vamos resumir o que eu quero falar: Eu sou babaca! rs

E se vc é o próximo que vai me achar uma louca fofa, faz um favor? Não goste de mim! Quando vc gosta de mim, fica muito dificil te tirar da minha vida. Eu não sei tirar amigos da minha vida. Então não seja meu amigo, eu vou preferir te odiar quando você "largar" de mim. E fica muito foda odiar quem olha pra gente com o olhar mais inocente e acha as nossas loucuras fofas.





Acho que é porque teria dado certo. Teria dado certo naquela primeira vez. Aquela vez que eu era legal ainda, que eu era normal, que eu não tinha sido louca, que eu entrei com o coraçao puro. Depois dessa vez... virou apenas o questionamento do porquê não deu certo... e o orgulho de querer que desse... e a vontade de que não estivesse sido quebrado.

Manja aquele copo de cristal lindo que você se apaixonou logo de inicio? Ai, por algum ruído insuportavel ele trinca. E jamais voltará a ser o mesmo. E vc passa a vida inteira sem coragem de jogar fora porque ele era pra ter sido a diferença. Porque vc comprou ele pra ser destaque na prateleira. Porque vc tratou ele com toda a delicadeza que podia. E por um ruído externo. Aquele que você não podia controlar. Ele raxou.

Sobrou a vontade de não ter quebrado. Sobrou perguntas. Sobrou razões. Sobrou a falta de malícia. Sobrou meu coração panaca que não quer vê-lo como uma pessoa ruim.
 
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