sexta-feira, 9 de março de 2012

Americano tem tudo bem decidido. Eles tem uma comida favorita. Eles tem uma cor preferida. Eles tem perguntas e respostas certas. Tem um manual para primeiros encontros. Um roteiro de onde e quando as coisas devem acontecer. Definem data pra começar a namorar. Definem uma época pra começar a pensar nisso ou naquilo. Tem um hobby. Tem uma frase preferida. Escolhem a profissão desde pequeno. E blablabla...

Eu acho que eu tenho inveja e pena deles. Inveja porque eu nunca soube o que eu queria ser quando eu crescesse. Um dia eu queria ser médica, dentista, quimica, cientista, bióloga, advogada, psicologista... dependia do filme que eu assistia no dia... E depois eu mudava... pq eu cansava de ser uma coisa só. Inveja porque quando as pessoas me perguntam qual sua comida favorita, eu posso dizer um monte. Eu não consigo dizer uma coisa só... então pra mim sempre tanto faz. Cor? Eu já gostei de tantas. Vermelho, preto, branco, azul, verde, laranja... depende do meu humor. Hobby? Ahhh... esse é o que eu mais invejo... eu num tenho um hobby. Não tenho uma pasta cheia de fotos ou figuras ou rótulos de qualquer coisa, não sei se gosto mais de praia ou de campo. Não sei se prefiro cidade ou suburbio. Não sei a marca do carro que eu gostaria de comprar. Não sei... Não sei... Não sei... Eu não sei me descrever... não sei me vender. E isso faz com que eu tenha uma invejinha deles.

E tenho pena... porque enquanto eles tentam se vender pra mim, vestidos em ternos, num restaurante a luz de velas, lendo um cardapio que eu não faço nem idéia do que será servido se eu pedir qualquer coisa. Falando dificil. Pedindo vinhos e bebidas com gosto estranhos. Boas... mas... well... eu não sou capaz de lembrar o nome da bebida boa que eu pedi no ultimo encontro. Enquanto ele estava lá, contando da fascinação dele por passáros, as espécies e todas as viagens que ele fez para observar tais. Enquanto ele tentava fazer o serviço dele o mais dificil do mundo e as escolas que ele estudou as mais conceituadas... eu estava lá...tentando ler o cardápio pra comer qualquer coisa que matasse minha fome, conversando com o garçon pra ele me indicar qualquer bebida que seja boa... e desejando do fundo do meu coração que ele me fizesse rir e pedisse pra sair daquele restaurante que tocava música classica e todo mundo falava baixinho demais.

Ai ai...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Tava vagando pelo facebook... (soh pra variar... aproveitando enquanto nao chegam os meus livrinhos... rs) e me levou a pensar em muitas coisas... preciso externar... excuse me!

Varios e varios motivos levam o "telespectador" a me definir como uma pessoa má, sem coração, sem caracter e sem amor. Outros, levam a me definir como a boa moça da história.
Fato é... eu sou os dois... e eu sei disso.

Esquecendo a parte boa... e tudo que talvez eu me orgulhe de ser... eu quero falar da parte que eu sou ruim... o que de certa forma tbm tenho orgulho de ser...

Eu não converso com o meu pai. E não há acontecimento no mundo que faça eu mudar minha cabeça. Eu desejo que ele morra sem nem saber como eu pareço, como eu estou, onde estou morando ou qualquer noticia sequer a meu respeito. Eu não o odeio. Eu o desprezo.
Eu nao vou me defender falando que eu sinto isso porque ele me abandonou e blablabla... nem vou dizer que recebi todo amor de pai do meu padrasto e é a ele que sou grata... Nao nao nao... pq isso nao me impediria de amar meu pai... Eu não quero ele nao minha vida porque sim... e essa é a minha maior explicação. Eu corto problemas... tesouro o desnecessário. Ele é desnecessário e eu simplesmente me encarrego de esquecer que ele existe.

E com ele... eu esqueço os filhos dele. Mas esse eu tenho um motivo bem "patricinha da zona sul" pra esquecer. Junto com toda merda que meu pai fez... ele saiu do nível social aceitavel e foi morar num lugar "humilde" onde ele está criando os filhos dele... Bom... o menino que queria me chamar de irmã tem cabelo loiro e escuta pagode. A menina que queria me chamar de irmã veste roupa de pirigueti, vai pra baile funk, dá uns beijinhos nuns caras de boné e pinta o cabelo com agua oxigenada.
Desculpa... mas NÃO! Vcs nao estao autorizados a me chamar de irmã. Minha familia gastou muito tempo e dinheiro na minha educacao pra eu me misturar com esse tipo de atitudezinha que me envergonha.

Pronto. Falei. Me envergonha.

Viu? Eu sou ruim. Ruim de verdade. Por motivos de verdade. Goste vc ou não eu também tenho meu lado negro... De menininha mimada da classe média. Sorry
 
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