segunda-feira, 2 de julho de 2012

Escrever é uma arte. E arte, em sua maioria, é alimentada com coração. Então escrever é coração.

Eu só escrevo quando estou triste. Então meu coração só funciona triste? Isso? Complicado.

Escrever faz de mim mais viva. Então se eu não escrevo eu não vivo? Mas se eu vivo e não escrevo significa que estou feliz. Ser feliz é não viver? Uau... me superei.

Aprendi a viver em um tipo de sociedade. Vestir um tipo de roupa. Falar com um tipo de gíria. Rir com uma certa delicadeza. Magoar as pessoas com classe. Andar de salto alto e frequentar certos bares.
Nada diferente de uma brasileira medíocre. E isso me envergonha.

Me coloquei em um certo nível social, com um nixo da sociedade e me acomodei. Por que? Porque aquilo ali era fácil. Ser igual a todo mundo é muito fácil.

Ser a mimada. Estúpida. Patricinha de classe média... é fácil.

Aí fui viver lá fora. Sozinha. Em um país que me fez sofrer um bocado... mas me ensinou muito. Lá fora... no país de primeiro mundo... eu aprendi a ser gente.

Ser gente é ir além de classe social. Ir além de roupas. Ir além de eletrônicos e dinheiro. Ser gente é não me importar se eu uso Abercrombie ou Escala. Se o sapato que está no meu pé me custou 10 dolares ou $500. Ser gente é não me limitar a certo padrão. Quem define os padrões?

Ser gente é ver as pessoas muito mais além do que a roupa que ela veste. É acreditar que as diferenças não fazem ninguém melhor que ninguém. Ser gente é não precisar de muito pra estar feliz.

Ser gente é não precisar escrever. Aqueles que são gente são mais felizes.

Aprendi lá fora que meus valores deixam de ser valores em segundos se eu não sou gente.

Diferenças fazem o mundo muito melhor... aprender a lidar com elas faz de você muito melhor.

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