sábado, 21 de maio de 2011

As vezes eu me permito sofrer. As vezes o sofrimento vem sem pedir autorização.

Esse é só um filha da puta de um aperto no peito que não sai. Uma lágrima nos olhos que não escorre. Um monte de palavra confusa que entala na garganta. É aquela raiva que eu tenho vontade de bater. Mas em quem?

Antes eu pudesse transmitir murros a distancia. Maldito seja porque me pediu pra acreditar.
Maldita eu seja porque mesmo nao querendo acreditar, eu acreditei.

Que eu sofra todas as doloridas consequencias da burrice espontanea.
Que doa. E doa. E doa mais e mais e mais. Pra que eu jamais esqueça disso e não repita mais.

E cada segundo que isso fica na garganta é como se fosse o antidoto pro enrijecimento cardiaco.
Endureça. Endureça pra sempre. Órgão ingrato que só me faz sofrer.

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